sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A sete chaves


Ela é a moça que sonha
o tempo não lhe escorregar.
Seus segredos não vêm à tona,
porque hão de se preservar.

Como pode, assim, um coração,
a sete chaves se trancar?
Pode esconder a emoção,
com tanta ternura no olhar?

É só lembrar pra ver!

É, parece que ela tem na ponta dos dedos
o caminho que trilhar.
Parece sofrer com a espera de tudo que sonhar,
mas é seu jeito de levar!

Qualquer coisa que lhe destoa
é pouca para lhe faltar,
sabe a hora de rir à toa
e também a hora de chorar.

Ela pode ter um novo amor,
para em mil pedaços revirar.
Peca na incerteza da paixão,
mas num passo sabe contornar.

É só lembrar pra ver!

É, parece que ela sente as cores do vento;
e o destino que traçar.
Parece temer a força que vem de dentro...
encantar, pra nunca mais me deixar...
Pra sempre me levar!

                                                             
Porque a banda Maglore me musicou. 
Porque essa letra sou eu em forma de canção.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro – e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente