Bruna Surfistinha - O filme (2011)

Pois é...são tantos comentários acerca desse filme que tenho lido/ouvido que resolvi falar sobre ele também: uma cinebiografia acerca da mais famosa garota de programa do Brasil

Primeiro vamos ao maior mito do filme: De onde se tirou a ideia de que "você sai do cinema com vontade de virar garota de programa." - sim, ouvi e li isso por aí. Eu realmente não saí com essa vontade, e não entendo como alguém pode tê-la sentido.

Sim, achei as atuações da Déborah Secco e da Drica Moraes ótimas.

Achei desnecessária essa mania global de a transformação de uma personagem se basear pelo cabelo. É sempre isso: mostram um cabelo arruinado, depois razoável, normal, até que os lindos cabelos cacheados e loiros mostram que Bruna Surfistinha venceu na vida. Seria melhor tê-la feito cruzar as pernas. Ela realmente fazia programas caros, frequentando lugares caros com aquela falta de modos?

Sim, gostei da trilha sonora.

Acho que não houve exageros nas cenas de sexo. É a mesma coisa que o sujeito reclamar de excesso de piadas num filme de comédia. Queriam o quê?

Por fim, pensei sobre o filme, a história e fiz uma comparação entre dois filmes brazucas: "Bruna Surfistinha - o filme" assim como "Meu nome não é Johnny" (2008) são filmes brasileiros sobre jovens classe média que optam por caminhos não convencionais para suas vidas, digamos assim, a primeira para a prostituição a fim de juntar R$ 500.000,00, o segundo, pelo tráfico de drogas, a fim de torrar R$ 1.000.000,00. Gostei muito do segundo filme, uma atuação brilhante do Selton Mello, o que para mim soa quase como um pleonasmo, e um roteiro muito bem desenvolvido. Já o sucesso do momento, deixou muito a desejar: não há um enredo, são como memórias soltas da personagem que narra vários eventos de acordo com suas lembranças.

Ainda na comparação sobre os dois filmes, resumo da seguinte forma, ainda que paradoxal: Meu nome não é Johnny é um puta filme, enquanto Bruna Surfistinha é uma droga de filme.
E é isso.